Oi, pessoal, tudo bem?
Não sei vocês, mas eu adoro livros com temática da Segunda Guerra Mundial. Depois de ter lido Persépolis (que você pode conferir a resenha aqui no blog) pedi uma ajudinha pro pessoal da Companhia das Letras para encontrar um livro similar. A indicação da Diana era Maus, que assim como Persépolis, é uma HQ. Vem ler a resenha:
Título: Maus
Editora: Companhia das Letras
Autor: Art Spiegelman
Páginas: 296
Sinopse: Nos quadrinhos, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas como gatos, e, americanos como cachorros e poloneses como porcos. Esse recurso, aliado à ausência de cor nos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Art, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para espaçar a dúvidas e inquietações. É implacável com o personagem principal, seu próprio pai, retratado como destemido e valoroso, mas também como mesquinho e racista. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável.
Se apenas uma frase basta para você ler um livro, aqui vai: "Maus é incrível, leia!". Agora, se você quer saber mais um pouco sobre essa obra que tem o peso de um Pulitzer nas costas, continue comigo.
Trata-se de uma história real sobre o do pai do autor, um judeu-polonês que sobreviveu aos horrores dos campos de concentração e conseguiu migrar para os Estados Unidos. A trajetória de Valdek começa antes da guerra, até o seu estopim e o cerco aos judeus. Tudo é contato como um livro de memórias, alternando presente e passado. No livro, Artie quer publicar a história do pai e, por isso faz visitas constantes a ele e à madrasta para poder entender tudo o que aconteceu durante o período da Segunda Guerra.
Para quem se acostumou a veicular HQs com super heróis, essa é bem diferente. Maus quer dizer "ratos" e é com essa a aparência que os judeus são representados, uma clara referência a como eles eram vistos naquela época, bichos asquerosos, que vivem nos esgotos, se escondendo. Os nazistas, claro, são os gatos, sedentos por dar o bote suas presas.
"Maus" é como um manual de sobrevivência. Fala sobre os tempos de calmaria na Europa com um Valdek ainda namorador, suas várias pretendentes e sua habilidade de negociação. O relacionamento com Anja, mãe de Artie, foi amor a primeira vista e esse romance sobreviveria à Auschwitz. A inteligência de Valdek e o seu poder de argumentação - além, claro, da sorte - fizeram com que ele conseguisse resistir. Dentro de um campo de concentração, não raro, predominava o espirito do "cada um por si". Valdek confiou em pessoas erradas, mas também conheceu outras que o ajudaram. Nem todos tiveram o mesmo destino, infelizmente. Toda a família de Valdek foi separada, ele perdeu tudo o que construiu, teve que aprender a não sentir fome, nem frio e ainda conseguiu sobreviver ao tifo. Apesar disto, no pós-guerra", o pai de Artie se transformou em uma pessoa amargurada e avarenta, além de preconceituosa. Depois de tudo o que passou era esperado que ele assumisse outra postura, mas o pai não passa de um machista. O autor opta por não mascarar essa faceta do pai.
Olá
ResponderExcluirEu amo Maus e foi um dos primeiros quadrinhos biográficos que li, junto (também) de Persépolis. Eu preciso reler, achei incrível a forma como a metalinguagem do quadrinho foi criada assim como todos os simbolismos e narrativas muito criativos.
Abraço!
Olá amigo(a)!
ResponderExcluirMuito bom seu blog, e já estou seguindo...
Abraço.
https://tavaresplugado.blogspot.com.br
Bom dia! Nossa, eu amei seu blog, de verdade! Quanta inspiração pra mim que estou retornando à blogosfera depois de anos fora! É que na verdade, comecei meu blog num nicho que realmente amo, leituras e cafés!O www.cafe--com--leitura.blogspot.com é um bebezinho que nasceu em março desse ano, mas estou amando! Quando quiser dar uma passadinha lá para uma leitura e um café, fique à vontade!;) Bjs e parabéns!!!
ResponderExcluirAdorei a forma como organiza suas resenhas! Parabéns!
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