Hoje, a resenha é do mais novo livro de Marian Keyes, que vem ficando cada vez mais famosa no mundo literário. Geralmente, ela escreve sobre mulheres de mais de 30 anos que estão passando por um momento difícil da vida e precisam se superar. Ou seja, ela escreve de forma divertida sobre a vida comum de uma mulher comum, que passa por problemas nem tão comuns em sua casa comum, com seus filhos comuns. Então, vamos parar de enrolação e ir direto a resenha?
Título: A mulher que roubou minha vida
Autor: Marian Keyes
Editora: Record
Páginas: 476
Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Um dia, andando de carro em meio ao tráfego pesado de Dublin, Stella Sweeney, mãe e esposa dedicada, resolve fazer uma boa ação. O acidente de carro que resulta disso muda sua vida. Porque ela conhece um homem que lhe pede o número do seu celular para o seguro, plantando a semente de algo que levará Stella muitos quilômetros para longe de sua antiga rotina, transformando-a em uma superestrela e também, nesse processo, virando a sua vida e a de sua família de cabeça para baixo. Em seu novo e divertido romance, Marian Keyes narra a história de uma mudança de vida. É tudo muito bom quando se passa de um cotidiano banal para dias cheios de eventos glamorosos — mas, quando essa vida de sonhos é ameaçada, pode-se (ou deve-se) voltar a ser a pessoa que se costumava ser?
O livro conta a história de Stella Sweeney que está na fossa em todos os sentidos possíveis. No começo não sabemos muito bem o que de tão ruim aconteceu com ela, mas ao longo do livro vamos descobrindo todas as suas desilusões. No momento, ela está em Dublin tentando escrever seu segundo livro, após passar um longo período em Nova York, onde estava divulgando seu primeiro livro de auto-ajuda que virou um best-seller. Além de enfrentar um bloqueio criativo, ela ainda tem que lidar com seu filho Jeffey, com quem tem um relacionamento conturbado e seu ex-marido, que insiste em uma ideia maluca para ficar famoso e se tornar o artista que sempre quis ser.
“Eu sempre achei que se crescia nos momentos de coração despedaçado; que quanto mais velha a pessoa ficasse, menos a coisa doía, até deixar por completo de provocar algum impacto. Mas descobri da maneira mais difícil que o coração partido é igualmente ruim, mesmo quando a pessoa é mais velha. A dor continua sendo horrível."
A narrativa se dá em primeira pessoa e ao longo do livro,
presente e passado se intercalam, para que dessa forma possamos saber o que fez
a personagem chegar ao seu estado atual. A leitura é leve, apesar de conversar
bem com momentos tristes e realmente difíceis da vida da personagem. O estilo
da escritora é bem marcante neste livro. Ela sempre consegue fazer o drama ficar
leve e, em alguns momentos, até divertido. O foco é total na personagem
principal, ou seja, os personagens secundários não foram muito explorados e
tudo girou em torno única e exclusivamente dela.
Não vou comentar muito sobre a história principal do livro, porque acho que constituiria muito spoiler, mas posso dizer que gostei muito da personagem principal e da forma como ela lida com os problemas. O romance do casal principal também foi muito bem construído, visto que não foi um amor arrebatador e totalmente sem nexo. A ligação entre eles era forte, mas foi progressiva e bem convincente.
Em geral, o livro é bom e super divertido. A escrita é leve
e você consegue ler rapidamente. É um daqueles livros que te livra de uma
ressaca literária e te inspira a tentar fazer o melhor que puder com o que tem,
porque pode ser que não haja amanhã.
“- (…) não se pode batizar alguma coisa de amor até tudo dar errado e as pessoas sobreviverem à crise. O amor não se trata apenas de coraçõezinhos e flores. O amor tem a ver com lealdade. Resistência. Enfrentar as batalhas como soldados, lado a lado.”
(…) Mas ficar lamentando e vagando por aí com o coração partido é algo muito menos digno na minha idade. Depois que você passa dos quarenta, espera-se que você seja sábia, filosófica, leve uma vida tranquila em suas roupinhas coordenadas da Eileen Fisher e diga: “É melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado. Alguém quer chá de camomila?”

Sou doida pra ler um livro dessa autora, as capas me chamam muito a atenção desde "melancia". E todo mundo fala muito bem. Por serem romances mais maduros acho que posso gostar mais do que esses de adolescentes rs
ResponderExcluirBeijo,
http://portaoazul.blogspot.com.br/
Adoro os livros dessa autora, são muito divertidos, esse me parece ter suspense também, preciso ler.
ResponderExcluirwww.eucurtoliteratura.com
Oii Natiane!
ResponderExcluirOuvi fala que esse livro não foi o dos melhores da autora, mas mesmo assim vale a pena a leitura, gostei bastante da sua resenha e com certeza eu leria esse livro só pelo o que você descreveu. Eu nunca li nenhuma obra da Marian Keyes, e me sinto menos leitora por isso, pretendo mudar iniciando a leitura de Melancia, que já tenho comprado.
Beijinhos
Leisi
Amanhecer Literário
Saudações Lady Natiane,
ResponderExcluirJá ouvi falar da autora - muito bem, por sinal - mas não tive oportunidade de ler nenhuma das suas obras.
O que mais me chamou atenção, foi a vossa afirmação de que o livro é capaz de nos retirar de uma ressaca literária, me levando a conclusão de que PRECISO desse livro!
Venha visitar o Castelo
Att
Ana P. Maia ♛
The Queens Castle
Alice no País das Armadilhas
A Chama da Esperança
Tentei ler um livro da autora mas não consegui estava chato e entediante, não sei como é os outros, esse parece ser divertido, a personagem tem uma vida conturbada e as coisas não estão indo bem, acho que nos leva a ver nossas vidas nos acontecimentos dela.
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