Boa tarde, pessoal! Tudo bem com vocês?
Quero agradecer imensamente a todos pela visita na
inauguração da minha coluna no sábado passado! Foram mais de 100 visualizações!
Fiquei muito feliz! =)
O que reparei é que foram muitas visualizações para
poucos comentários, então resolvi propor a Raquel (e ela aceitou) abrir a
página para quem não tem conta em blog poder comentar também. Então quem estava
só lendo na semana passada hoje também vai poder interagir com a gente!
Meu entrevistado de hoje é o jornalista, fotógrafo
e poeta João Lima, de 25 anos. Conheci o João na PUC-Rio através de amigos em comum e
depois fizemos uma pesquisa sobre crimes contra jornalistas, na qual nosso trabalho
representou a PUC em uma conferência latino-americana sobre o tema. Posso dizer
que o João é uma pessoa muito dedicada em tudo o que faz.
Estive no lançamento do livro do João, “Cartilha”,
no dia 16 de agosto de 2011, no espaço da editora Oito e Meio, no Flamengo, e
adquiri meu exemplar. Ele é um verdadeiro poeta e suas poesias mexem com a
gente. Vamos ao bate-papo!
João, qual é
o seu poeta favorito?
Não tenho poeta favorito, mas gosto muito do T. S.
Eliot, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar, Armando Freitas Filho.
Drummond eu não preciso nem falar, porque subentende-se rs. Entre os
contemporâneos, gosto do Eucanaã Ferraz, da Alice Sant'Anna que é minha amiga e
mais uma galera que não vou lembrar agora...
Qual é o
poema que você fale "nossa, isso é que é poema"?
Acho que o poema que não é gratuito. O poema que
foi feito quase como um parto, e que a gente percebe que foi feito assim pela
beleza sincera e verdadeira que o poema passa. Muito dos poemas do T. S. Eliot
são assim, e em especial o Poema Sujo, do Ferreira Gullar.
Você se
inspira em que ou em quem para escrever seus poemas?
Ah, isso
é um mistério. A musa geralmente não mostra o rosto, a gente só ouve a sua voz.
Brincadeira... Olha, não sei definir o que, mas muito do que se escreve vem da
vida mesmo, de tudo que a gente vive e guarda. Sobre isso, tem uma passagem que
gosto sempre de lembrar, do diário da Sylvia Plath: “Escrever... Mas para
escrever é preciso viver, certo?”. Mas isso não quer dizer que o poeta produza
diretamente de lances autobiográficos. Tudo o que se escreve passa pelo filtro
da imaginação e da criação literária.
Fale um
pouco do seu livro “Cartilha”. Qual é o diferencial dele?
O “Cartilha’’ veio de uma necessidade que eu tinha
de rever a minha infância. Muitos dos poemas do livro escrevi no final da
adolescência e ter escrito foi quase como um rito de passagem. Do ponto de
vista do conteúdo, não sei o livro é melhor ou pior que qualquer outro já
escrito sobre infância, mas pra mim isso também não importa muito e acho que o
leitor também não deveria se importar. É um tema que, mesmo sendo universal
carrega algumas particularidades, e essas particularidades não podem nem devem
ser comparadas.
Qual é o
gênero que mais se enquadra nos poemas em que escreve?
Não pensei nisso quando escrevi. E prefiro deixar
esse questionamento pros leitores e pros críticos, se houver.
Há quanto
tempo você faz poesias? E os poemas que estão no livro são recentes ou têm
aqueles do fundo do baú?
Eu comecei a escrever poesia com certa frequência
aos 15 anos, mais ou menos. E a maioria dos poemas do livro foi escrita entre
2006 e 2007.
Qual é o
seu poema favorito de sua autoria e aquele que você nem acha tão bom, mas está
no livro?
Não tenho poema favorito no livro, mas gosto muito
do resultado dos poemas "Um verão" e "Alheios passos revolvem a
terra...", entre outros. Acho que todos os poemas têm a sua função no
livro. Se eu fosse lançar uma segunda edição poderia até mexer em alguns, mas
não excluiria nenhum.
Você
sempre acreditou que tivesse potencial para ter um livro só com poemas seus?
Não acreditava que tivesse potencial, eu
simplesmente escrevi. Não tive nem tempo de pensar se eu teria potencial rsrs.
Quando vi, já tinha ali uma quantidade de poemas que poderia juntar num bloco
só.
João,
como surgiu a oportunidade de publicar o livro "Cartilha"? Foi um
convite ou você correu atrás de várias editoras até achar uma que se
interessasse pelo projeto?
Não corri muito atrás não. Quando eu percebi a
realidade do mercado editorial, engavetei tudo. A oportunidade de publicar veio
por acaso mesmo. Conheci o pessoal da editora Oito e meio num evento literário
e tempos depois mandei pra eles. Eles gostaram e decidiram publicar.
Como foi
o processo depois da negociação com a editora? Você esteve presente na escolha
da capa do livro, no processo de seleção e ordens dos poemas? Quanto tempo
durou esse processo?
O formato do livro (seleção e a ordem dos poemas)
já estava pronto desde 2007, apenas fiz algumas revisões e pequenas
modificações até a publicação. O processo de edição demorou poucos meses. Se
bem me lembro, entreguei o livro em janeiro, a impressão saiu em julho e o
lançamento foi em agosto. A minha participação nesse processo se limitou à
escolha da capa, feita a partir de uma foto minha.
Em quais
livrarias podemos encontrar seu livro? Vende pela internet também?
Então, acho que já esgotou... rsrs Mas se tiver
sorte, você ainda encontra na Argumento ou na Blooks. Fora isso só encomendando
pelo site da editora Oito e Meio ou das
livrarias.
Você tem
ao todo quantas poesias escritas - publicadas ou não?
Acho que devo ter umas 200, não sei precisar o
número certo.
Tem
planos de escrever mais livros?
Já tenho outro livro pronto, mas ainda não sei qual
será o destino dele... Rs
"Na fria máquina feita de aço e borracha partirá. Mas ele se detém. Espera. Como se estivesse no cais de um grande porto. — Não esqueceu nada? Esquecera sua coleção de bolas de gude. A velha cartilha não esquecera: já não vai servir pra nada mas guarda-se, como lembrança." (Trecho do livro Cartilha, de João Lima).
Para ler mais textos do João é só acessar o blog: http://comtexturas.blogspot.com.br/
Aproveitando o merchan, convido vocês a curtirem
nossa novíssima página no Facebook: Por Uma Boa Leitura
Espero que vocês gostem da nossa fanpage
e também da entrevista, é claro!
Até semana que vem! Beijão
Eu adorei a cooluna, acho que sempre que há algo diferente o leitor quer logo ser direcionado para aquela página, vocês formam uma equipe e tanto.
ResponderExcluirLúu, que bom que você gostou!! Ihhh, vou ficar metida agora! ahaha Brigadão, querida! É que essa equipe faz tudo com muito amor! <3 Beijos
ExcluirOlá
ResponderExcluirAdorei a entrevista.
Beijos
cocacolaecupcake.blogspot.com.br
Que bom que você gostou, Bruna! =)
ExcluirBeijos
Oi oi oiii..
ResponderExcluirAdorei a ideia de fazer entrevista.
Tenho que começar a organizar entrevistas para a minha monografia. Ai aiii..
Ahn.. Só não curto poemas. Pois é.
Vai entender, rs.
Beijos e um ótimo final de semana, Lu ♥
http://luizando.blogspot.com.br
Que legal, Luiza! Sua monografia será sobre oq?
Excluirbeijos
Adoro entrevistas! E nunca tinha lido nenhuma com um autor de poesias, gostei :) Não sou muito fã do gênero mas admiro quem escreve. Pensar em versos é para poucos!
ResponderExcluirBeijo, Larissa
Another Words
http://anothersimplewords.blogspot.com.br/
Fico feliz que tenha gostado, Larissa!
Excluir=)
Beijão
oii
ResponderExcluirque legal a entrevista!
adorei, vou ficar esperando por novos convidados!
megaa bjoo
;**
http://bybrunakitty.blogspot.com.br
Semana que vem tem mais!! =) =)
ExcluirBeijão, querida!
Gostei da entrevista e gostei muito da coluna. Parabéns! ;)
ResponderExcluirBeijokas da Mylloka :*
Blog da Mylloka
Fico feliz que tenha gostado da coluna e da entrevista, Mylla!! Muito obrigada!
ExcluirBjoos
Olá Monique =)
ResponderExcluirGostei bastante da entrevista. Não conhecia o poeta e achei bem legal da parte de você divulgarem o trabalho dele.
Parabéns!
Beijos e uma ótima semana;***
Ane Reis - mydearlibrary
Que bom que você gostou, Ane!
ExcluirProcuramos divulgar excelentes escritores/poetas que não são tão conhecidos assim...Eles merecem nosso reconhecimento! =)
Obrigadaa!
Bjoos
Muito boa a coluna e achei bem legal trazer um poeta, afinal é um gênero literário que quase não leio.
ResponderExcluirBom domingo,
Bjos!!
Cida
Moonlight Books
Cida, lê mais poesias, vc vai gostar!
ExcluirTe indico além do João Lima, o grande mestre Álvares de Azevedo!
Bjão
Parabéns pela coluna, Monique.
ResponderExcluirGostei bastante em conhecer o João.
Beijos,
alanahomrich.blogspot.com.br
Obrigada, Alana!
ExcluirFico feliz e tenho certeza que o João também! =)
Beijoos
Bacana,
ResponderExcluirnão sou muito chegada a poesia,
mas admiro muito quem gosta e mais ainda os escritores talentosos que as escreve,
parabéns pela entrevista.
http://soubibliofila.blogspot.com.br/
Muito obrigada, Delmara!
Excluir;)
Beijoos
Que entrevista incrível! Curti mesmo e concordo com ele sobre as poesias: as que são escritas com verdade são as melhores. <3
ResponderExcluirUm beijo,
Luara - Estante Vertical
Verdade, Luara! Que bom que você gostou!!
ExcluirBeijão
Oi,
ResponderExcluirAdorei a ideia da coluna e parabéns pelo entrevista :D
Bjs!!
http://viciadospelaleitura.blogspot.com.br/
Que bom que gostou da coluna e da entrevista! Muito obrigada pelos parabéns, Iris! =)
ExcluirBjos
Gostei da entrevista, principalmente porque eu não conhecia o poeta. Pelo modo dele responder deu vontade de conhecer o livro. Gosto quando ele diz que a musa não mostra o rosto, rs!!!!
ResponderExcluirOutro ponto bacana é a questão da verdade. Sem verdade não tem graça. É preciso intensidade pra fazer pulsar. Adorei!!!
Aproveito para avisar que a pesquisa sobre o leitor está aberta, será um prazer se respondê-la.
Beijos
Pâmela Rodrigues
Responda nossa pesquisa sobre o perfil do leitor:
Pesquisa sobre o Leitor
Blog: Liste & Realize
João mandou bem demais na entrevista, não é?
ExcluirFico feliz que tenha gostado! Semana que vem tem mais! =)
Beijoos
Que maravilha ler esta materia e exposiivo, sobre o João Lima artista autêntico, intenso e que possui uma capacidade tanto na escrita como na sua expressão artística pois tive a honra de trabalhar com ele no TEATRO e percebi o seu crescimento e desenvolvimento como ator indo desde uma excelente performance e desenvoltura em cena, até na construção da narrativa textual lembrando que montamos e encenados o HAMLET intitulado Loucura sim, mas tem seu método com a chamada pública de Shakespeare no Hospício tive a alegria de viver e conviver com o entrevistado o João Lima, muito simples e humilde mas uma caixinha de surpresa arrebentando no audiovisual como cineasta, videomaker ou o que queriam definir, como fotógrafo sem igual, aprendeu habilidades sem igual tanto no Teatro e na dança com muito talento pois foi algo desenvolvido, ele tem um misto de indiano e indígena de alguma tribo pelo mundo, e atuou perfeitamente interpretando o personagem HAMLET!!! Parabéns, um abraço gostei muito.
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